Cidades de Papel: eu fui!

Alguns anos atrás, quando eu li Quem é você, Alasca?, minha vida mudou. Pode parecer meio bizarro e as pessoas podem não entender, mas eu sei o que eu sinto. Foram inúmeras vezes que esse livro me salvou. Eu sentia que, finalmente, algum personagem entendia toda aquela coisa que se passava na minha cabeça. E, mesmo que uma voz dissesse que sim, eu sabia que não queria acabar como ela. A Alasca foi um exemplo e a minha melhor amiga por muito tempo. Se tinha um autor que eu realmente precisava chegar perto, era o homem que criou essa personagem.

Semana passada eu recebi um email da Intrínseca, mas tava trabalhando e só consegui ver bem de noite. Passei os olhos, vi que seria no Rio de Janeiro e desisti. Alguns minutos depois, percebi que, MEU DEUS, era sobre o John Green e, por ele, eu iria muito mais longe do que isso. Confirmei presença de madrugada, achando que já não teria mais chances e sem nem saber como iria. Esperar a resposta da editora para saber se eu estava confirmada ou não foi uma tortura. 

E então, a resposta veio. Eu estava entre os blogueiros confirmados na cabine e na coletiva de imprensa do John Green e do Nat Wolff. Eu veria de perto o tal homem que mudou minha vida. 

Um pouco mais de uma hora antes de eu entrar no ônibus, fiquei tão nervosa que desisti. Se não fosse pelos meus amigos, não teria tido coragem de realmente fazer toda essa loucura que eu fiz. E toda essa loucura fez com que tudo se tornasse incrivelmente especial.

Quando cheguei na cabine, não conhecia pessoalmente ninguém. Fiquei quietinha no canto, só tive coragem de falar com a Lully e voltei pro meu lugarzinho. Então, a Thais veio falar comigo e aí tudo começou a mudar. Depois dessa hora que eu comecei a conhecer um monte de gente e fazer planos incríveis com a missão de chegar perto do John e conseguir pelo menos um autografo. E, graças ao Lucas, eu consegui uma assinatura do Green no livro mais importante da minha vida na première.

Minha intensão de fazer esse post é agradecer a toda equipe da editora Intrínseca, por ter me dado essa oportunidade incrível. A Thaís, ao Lucas, a Chanice, ao Klebio, a Mel, a Nathalia, ao Christian e a Luiza. Obrigada por terem me dado momentos incríveis que, com certeza, eu vou me lembrar por muito e muito tempo. Obrigada por terem me aturado, mesmo eu sempre falando de algum homem e sendo completamente perdida. Aliás, ainda não sei como tive coragem de descer sozinha daquele metrô! Eu ainda mal consigo pensar no que passamos por conta de tanta emoção. Poderia agradecer por muito tempo por todo o "pequeno infinito" que vocês me proporcionaram. ♥

"A cidade era de papel, mas as memórias não."