O lado bom da vida - Matthew Quick

Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

O lado bom da vida é escrito pelo Matthew Quick, foi lançado no Brasil pela editora Intrínseca e conta com 254 páginas. No skoob 9526 pessoas leram e 13792 lerão. 

O livro conta a história de Pat que acaba de sair do hospital psiquiátrico - que chama de "lugar ruim" - porém não mostra o motivo dele ter parado lá. Desde sua saída ele vive apenas para reconquistar a ex-mulher, Nikki. Pat passa a malhar compulsivamente a fim de perder os trinta e cinco quilos que tinha acima do peso, ler clássicos da literatura americana e tenta ser uma pessoa gentil ao invés de querer sempre ter razão. É um tanto quanto infantil e ingenuo, sempre acreditando que terá um final feliz assim como nos filmes. 

Pouco sabemos sobre Nikki pois todos ao redor dele evitam falar sobre ela. Na casa dos pais, onde ele está morando, não há nenhum vestígio de algo que poderia lembrá-la. Não sabemos o que ocasionou o "tempo separado" ou se ela realmente voltará, mas Pat não perde a esperança de um dia eles voltarem. 

- Nikki? Ela é ótima - digo. Sorrio, sentindo o calor que enche o meu peito sempre que pronuncio o nome dela, sempre que vejo o rosto dela em minha mente. - Ela é a melhor coisa que já me aconteceu. Eu a amo mais do que minha própria vida. Mal posso esperar pelo fim do tempo separados. 

Num jantar na casa de um dos seus amigos, Pat conhece Tiffany. Ela também é mentalmente instável, com depressão e tem a personalidade muito forte. Não liga para os sentimentos de ninguém, fala o que dá na telha. No fundo, é só uma mulher que deseja que alguém pare de acha-la louca e a abrace. Eles criam uma amizade estranha. Para ela, ele é uma chance de ganhar um tal concurso de dança para depressivos. Para ele, ela pode ser um elo que o ligará a Nikki.

Eu tive uma relação de amor e ódio com o livro. A primeiro momento não me prendia de forma alguma, lia umas dez páginas e tinha vontade de parar. Então, o deixei quietinho ao lado da minha cama e comecei a ler outros até resolver voltar para essa leitura. Acredito que antes não estava no momento para esse livro, porque assim que comecei a ler dessa vez, não consegui largar.

Demorou para me conquistar, mas quando conquistou... A narrativa é cheia de surpresas e reviravoltas. Você pensa que algo acontecerá e, na hora, algo completamente oposto acontece. As dúvidas envolvendo o motivo dele ter sido internado e se a Nikki voltará faz com que devore o livro, desejando saber as respostas. Um fato que me irritou foi o futebol americano, que ocupa grande parte das páginas. Pat sempre fala sobre os jogos.

A diagramação da capa é linda, a editora teve um enorme carinho com ela! As letras são um pouco pequenas, mas isso não atrapalha. A escrita é bem fácil. Apesar de tudo eu recomendo a leitura e leva quatro estrelas.