3.8.14

Passarinho - Crystal Chan



Passarinho é o primeiro livro escrito pela Crystal Chan e foi publicado pela editora Intrínseca - que me enviou um exemplar de cortesia -, com pequenos capítulos divididos em 222 páginas. No Skoob, conta com nota média de 4.2, numa escala de 0/5.    

Passarinho foi o apelido dado a John por seu avô pois o garoto adorava pular e achava que podia voar. No entanto, no dia do nascimento da sua irmã Joia, ele, aos cinco anos, pulou de um penhasco e não sobreviveu. Doze anos depois, a dor da família continua tão intensa quanto antes.

O livro é narrado pela Joia, uma garota inteligente que sonha em ser geóloga e se sente completamente indesejada pelos pais, que deixam a vida girar ao redor do filho que morreu. Sua família é bem afastada e ela não tem amigos. Os pais vivem trabalhando e o avô não disse uma palavra sequer desde o dia da perda por ser culpar da morte.

Existe apenas um lugar que a menina se sente confortável: o penhasco onde o irmão se jogou. Ela sabe que os pais odiariam a ideia dela ir até lá, mas sempre vai escondido. Certo dia, Joia acaba conhecendo um garoto chamado John e os dois desenvolvem uma amizade. Para o avô, ele é um duppy, um espírito mal, e está disposto a proteger sua casa e a neta.

A família de Joia é composta por três culturas diferentes - americana, africana e mexicana -, o que torna tudo ainda mais interessante. Apesar de todos os problemas, a garota continua tentando levar a vida da melhor forma possível e nutre seus sonhos para o futuro.

A narrativa é sutil, o que não deixa o livro pesado em momento nenhum, apesar de toda dor que os personagens carregam dentro de si. É tocante, claro, mas é tão delicado e doce. Poucos autores conseguem escrever sobre a morte dessa forma. Todos os personagens são bem construídos e não percebi nenhuma ponta solta. Eu adorei a leitura e classifico com cinco estrelas.

3 comentários :

  1. Fico tão feliz de ver como nosso Brasil tem bons escritores e como isso vem sendo cada vez mais incentivado! É lindo né?

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  2. E mais uma vez um nacional bate um bolão em? A cada dia mais a literatura nacional cresce aqui e fora do Brasil, espero que isso não pare e que passe pelas fronteiras, eu particularmente adoooooro livros nacionais, tenho uma porção deles,kkkkk
    Sua resenha me deu uma vontadezinha de ler e ter, gosto de livros densos assim, mas que contam sobre o assunto morte com delicadeza.
    bjs
    PS: Adoro seu cantinho

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  3. UAU, eu amei a capa desse livro.
    Fiquei com muita vontade de ler, até porque tem nuvens e eu <3 nuvens hihih
    A história é marcante e triste (pela morte de John com apenas cinco anos) e fiquei curiosa para saber como livro terminaria.
    Parabéns pelo blog.
    Beijos, Ingrid.

    http://utopianuvem.blogspot.com.br

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