Carrie, a estranha - Stephen King

Carrie, a estranha foi escrito em 1974 e é o primeiro livro do Stephen King. Enquanto escrevia, ele chegou a desistir pensando que não estava bom. Então, sua mulher pegou os papeis no lixo e pediu para que continuasse escrevendo. Na tentativa de agradá-la, continuou. 

Nunca tinha lido nada do autor e não poderia ter começado por outro. Comprei o meu exemplar na Bienal do Livro, uma edição econômica que custou apenas 13 reais. ♥ Para ser sincera, odeio edições econômicas porque sempre implico com o tamanho da fonte ou da margem, mas dessa edição não tive o que reclamar. Lançado pela editora Ponto de Leitura, conta com 290 páginas que te prendem até o final.

O livro nos apresenta a Carrie White, uma garota que sofre bullying no colégio por ser um pouco diferente das outras. Ela foi criada por uma mãe religiosa fanática que acredita ser tudo pecado. Logo no começo do livro, um episódio extremamente traumático acontece com a protagonista, que ao não entender algo que estava acontecendo com ela, por causa da superproteção da mãe, é exposta e humilhada por todas as garotas da classe. 

Até aí poderia ser uma história normal, principalmente a parte do bullying, se não fosse pelo poder de uma energia telecinética que a protagonista possui. Então, Carrie vê chance de fazer justiça com as próprias mãos. Esse tal poder e suas consequências, segundo palavras do próprio autor, é "o que poderia ter acontecido se o mundo fosse tão justo quanto era cruel com as adolescentes."

A narrativa é feita em terceira pessoa e intercala trechos de livros, boletins de ocorrência e jornais. No começo fiquei um pouco confusa, mas não demorei muito para pegar o ritmo da leitura. Na verdade essa forma de escrita só ajuda a tornar tudo mais real. 

Carrie é só uma garota como qualquer outra, com desejos e sonhos que acaba perdendo tudo pelo bullying que sofre no colégio e as loucuras da mãe. Os seus sentimentos que vão da humilhação até o ódio são muito bem escritos. Eu adorei o livro e dou quatro estrelas!