Filhos do Jacarandá foi escrito pela Sahar Delijani e lançado no Brasil pela Globo Livros, que me enviou um exemplar de cortesia (obrigada ♥). O livro tem 229 páginas e é dividido em épocas, contando a história de três gerações. No Skoob, a nota média é de 4.0.
A primeira parte se passa na Prisão de Evin, Teerã, no ano de 1983 e nos apresenta Azari, que está grávida e sua filha prestes a nascer. Neda nasce na prisão e passa a ser o único vestígio de felicidade que a mãe podia ter, mas nada é tão fácil. Aliás, nem um pouco fácil.
Ali não era lugar para felicidade. Ali era Evin. Um lugar para o medo, para o medo em ebulição, fervente, fumegante. Se Azari quisesse ficar com a filha, isso significava que Azari não tinha mais medo;
A segunda parte, no ano de 1987, é em Teerã, República Islâmica do Irã e conhecemos Leila, que larga tudo para cuidar dos seus sobrinhos. No decorrer da narrativa conhecemos outros personagens com histórias chocantes e comoventes. A última parte, em 2010, é narrada pela Neda.
Na verdade é bem difícil fazer essa resenha, vocês precisam ler! Assim que eu exemplar chegou, postei uma foto lá no Instagram e comentaram dizendo que era ótimo, então já fui com altas expectativas e não me decepcionei. É um livro pesado que denuncia um governo tirano. Não é exatamente um livro biográfico, mas a autora se inspirou no drama sofrido pelos seus parentes ativistas políticos que acabaram sendo presos no Irã.
A escrita da Sarah é incrível e altamente descritiva, embora não se torne cansativa em parte alguma. Ela consegue passar exatamente os sentimentos dos personagens para o leitor. O trabalho gráfico da editora é muito bom e a capa, com um Jacarandá, é linda. É uma leitura muito emocionante e recomendo. Dou quatro estrelas para o romance de estreia da autora.
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